Será que ter que tomar injeção no olho para tratar a retina é uma “sentença” para precisar de várias aplicações dela pelo resto da vida?
Este é um receio comum dos pacientes, especialmente daqueles que ainda vão fazer a injeção pela primeira vez: o medo do desconhecido fala sempre mais alto nestes momentos.
Calma… Você está focando na questão errada. Não se preocupe inicialmente com a quantidade que vai precisar.
A injeção é usada para tratar diferentes doenças da retina. A depender do diagnóstico, sabemos que alguns casos precisarão de mais aplicações do que outros. Glaucoma neovascular e membrana neovascular miópica, por exemplo, são casos que costumam precisar de poucas injeções. Já doenças degenerativas, como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), em geral necessitam de diversas injeções ao longo da vida, pois são doenças que tendem a piorar com o tempo (estas talvez sejam as campeãs de número de injeções). Outras, como a Retinopatia Diabética ou as Oclusões Vasculares (“as tromboses da retina”) costumam exigir muitas aplicações no início, mas depois de um tempo estabilizam, não necessitando mais do tratamento (atenção: se você é diabético, só vai conseguir esta estabilidade se controlar bem a sua diabetes!).
Respira e foca no mais importante: COMEÇAR O TRATAMENTO. É o tempo para iniciar o tratamento que vai influenciar mais no seu prognóstico. Atrasar o início das injeções pode, sim, prejudicar o resultado final para a sua visão.
Confia e vai!